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Suplementação é imprescindível?

Atualmente praticamente não existe malhação sem suplementação. Quando se comenta que alguém iniciou a prática de exercícios físicos em academia de ginástica logo surge a pergunta: “O que ele (a) está tomando?”. Como se não existisse a possibilidade de bons resultados estéticos sem a suplementação.

O mercado de suplementos nutricionais movimenta mais de 30 bilhões por ano nos EUA, mais de 50% dos cidadãos norte americanos utilizam suplementos nutricionais regularmente. Entende-se por suplementos nutricionais vitaminas, minerais, ervas, aminoácidos, enzimas e outros compostos, ingeridos na forma de pílula, cápsula, tablete, líquido ou pó.

Este é um mercado em plena ascensão no Brasil e bastante lucrativo, por isso um trabalho de marketing intenso é feito para convencer a população que o consumo de suplementos nutricionais é necessário para transformar a estética corporal, melhorar a saúde ou até curar doenças.

Para a população no geral que inicia um programa de exercícios físicos com objetivos de melhora estética e promoção da saúde vão algumas dicas:

Caso não haja carência nutricional (vitaminas, minerais, proteínas ou carboidratos), ou seja, a ingestão é adequada considerando-se também o gasto calórico com o exercício físico, não há necessidade de suplementação. O ideal é que seja feita uma avaliação por um profissional da área da nutrição e calculado quanto deve ser ingerido de cada macro e micronutriente considerando os variados objetivos como: ganho de massa muscular, perda de peso, melhora da performance esportiva etc.

Os suplementos não devem ser utilizados como substitutos de alimentos, mas sim como complementos no caso de não ser possível conseguir por meio da dieta a quantidade ideal de proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais.

O posicionamento do “American Dietetic Association” (2009), atualmente conhecido como “The Academy of Nutrition and Dietetics”, diz que a melhor estratégia nutricional para a promoção saúde e prevenção de doenças crônicas é escolher uma grande variedade de alimentos. Nutrientes adicionais provenientes dos suplementos podem ajudar algumas pessoas a alcançar suas necessidades nutricionais definidas de acordo com o “ Dietary Reference Intake” (DRI). Pesquisas consistentes demonstram que gestantes, lactantes, mulheres com fluxo menstrual intenso, mulheres que desejam engravidar, fumantes, alcoolistas, pessoas com dietas restritivas, vegetarianos, indivíduos com restrita ingestão de leite ou exposição solar, idosos > 70 anos de idade, indivíduos com problemas de absorção ou utilização de nutrientes e bebês em aleitamento materno são grupos que se beneficiariam com a suplementação de algumas vitaminas e minerais. Atletas ou praticantes de exercícios físicos intensos podem não conseguir a ingestão adequada de carboidratos e proteínas somente com a dieta, neste caso a suplementação seria recomendável.

Atualmente existem no mercado suplementos esportivos, ervas, complexos vitamínicos e minerais para diversos objetivos. Nos EUA a FDA – “Food and Drug Admnistratrion” - é o órgão que os fiscaliza, entretanto como são classificados como alimentos, não medicamentos, a fiscalização é bem menos rigorosa. Não é responsabilidade do FDA garantir que determinado suplemento cumpra o objetivo que ele se propõe, além de não serem necessários estudos rigorosos para verificar a eficácia e segurança do produto. No Brasil, a ANVISA -órgão que fiscaliza os suplementos- só avalia a segurança do produto quando eventuais efeitos adversos já foram relatados e tira do mercado produtos com princípios ativos comprovadamente maléficos ao organismo. Entretanto, inúmeras substâncias são vendidas antes da publicação de pesquisas consistentes sobre a sua eficácia e segurança. A ANVISA orienta a população a identificar suplementos que não estão regularizados no Brasil:

Evite produtos que contenham:

Além dos suplementos:

O órgão recomenda aos consumidores que são usuários de “suplementos alimentares” ou pretendem se tornar, que solicitem o auxílio de um nutricionista ou médico para a identificação de produtos seguros e regularizados junto à ANVISA e desconfiem se o produto for “bom demais para ser verdade”! Afinal, ter um corpo definido e emagrecer nem sempre é rápido ou fácil, principalmente de forma saudável.

É possível adquirir boa aptidão física e ter um corpo saudável com adequado percentual de gordura e massa muscular com a ingestão de uma dieta balanceada, que atenda às recomendações dadas à população em geral. Seguir as orientações do guia alimentar de bolso, publicado pelo Ministério da Saúde, pode ser um bom começo!

Saiba mais:

Guia de alimentação saudável